Coluna: Dani Cacciola, da My Bambini
5 pontos essenciais para o “Brincar Infantil”, segundo Maria Montessori
O brincar sempre é escolhido pela criança ou bebê e coordenado por eles mesmo, estando livres para começar e terminar sua brincadeira do seu jeito;
A brincadeira deve ser uma opção, sem obrigação. Num bom programa de pré-escola Montessori, por exemplo, as crianças têm três horas, todas as manhãs, e duas horas durante a tarde onde elas escolhem livremente quais atividades na sala de aula gostariam de se envolver. Não há atividades de grupo obrigatórias, nenhum professor diz o que fazer ou quando interromper uma atividade, nem mesmo quanto tempo se manter nela. A maior liberdade do “brincar” é a liberdade de parar . Essa liberdade é sempre honrada em Montessori: devemos “seguir a criança” e não exigir qualquer atividade.
O brincar é uma atividade em que os “meios” são mais valorizados do que os fins
Montessori observou que as crianças são muito focadas em processos, não em fins. Elas exploram as brincadeiras de uma maneira totalmente livre, escolhendo repetir inúmeras vezes e não para alcançar um resultado, mas para se envolver com alegria e dominar o processo.
O brincar é guiado por regras do dia-a-dia
Muitas vezes, quando os pais observam uma sala de aula Montessori ou um quarto infantil do perfil, ficam perplexos pelo foco, a estrutura, a calma das crianças ou bebês. É, obviamente, um ambiente muito diferente do caos que tipicamente associamos à primeira infância!
Brincar é uma atividade livremente escolhida mas não é uma atividade de forma livre. A brincadeira sempre tem estrutura e essa deriva de regras na mente da criança. As regras não são como regras de física. Pelo contrário, são conceitos mentais que muitas vezes exigem esforço consciente para se manter em mente e seguir. O brincar desenha e fascina a criança, porque é estruturado por regras que ela mesmo inventou ou aceitou.
O brincar é sempre marcado de alguma forma com a realidade
O ato geralmente envolve atividades que são “sérias, mas não sérias, reais, mas não reais”. O brincar pode envolver imaginação, fingir fazer coisas, fantasia. Para as crianças, o fingimento muitas vezes envolve agir como adultos: preparar e servir papá para as bonecas, varrer o chão ou aspirar, indo em jornadas imaginativas para terras de fantasia povoadas de princesas, cavaleiros e dragões.
O brincar envolve concentração e independência
As crianças e bebês montessorianas estão envolvidas profundamente em suas atividades escolhidas. Suas mentes são “ativas e alertas, mas não estressadas”. Como o Montessori coloca: “o primeiro passo essencial para o desenvolvimento infantil é a concentração. A criança que se concentra é imensamente feliz”!
Daniela Cacciola (@mybambini)
Mãe, designer gráfica, amante de decor infantil e pedagoga montessoriana. O Método Montessori parte do princípio de que todas as crianças têm a capacidade de aprender por meio de um processo que vai ser desenvolvido espontaneamente, sempre a partir de experiências efetuadas no ambiente.
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